Era véspera de Natal,
em uma pequena cidade da Europa. Lá morava um menino chamado Gabriel. Órfão, mas feliz e com muitos amigos. Naquele
Natal, um casal viria ao orfanato adotar uma criança. Então, o menino há meses
ia cedinho para a cidade engraxar
sapatos, pois queria comprar uma roupa e assim passar uma boa impressão, e com
sorte ser adotado, pois seu maior sonho era ter uma família que lhe desse muito
carinho.
Então, como fazia
há dias, na véspera do Natal, saiu cedo para a cidade, ficou lá a tarde toda,
mas não teve nenhum cliente, até que um homem bem chique parou e pediu que ele
engraxasse seu sapato, e assim o menino fez.
- Você não deveria
estar com seus pais? - perguntou o homem.
- Sou órfão, estou
trabalhando, pois quero comprar uma roupa para passar uma boa impressão para o
casal que vai ao orfanato, com sorte espero ser adotado - disse Gabriel.
O silêncio se
espalhou por todo aquele local até o menino terminar. O moço então se levantou
e disse sorridente:
- Obrigado! - entregou
o dinheiro ao menino.
Quando Gabriel foi
contar o dinheiro, percebeu que o moço lhe deu dinheiro a mais, correu atrás
dele e devolveu o dinheiro a ele:
- Obrigado, espero
que você seja adotado - disse o homem e foi embora.
O menino alegre e
pulante, indo à loja, tropeçou e deixou todas as suas economias caírem no
bueiro. Triste, voltou ao orfanato e assim passou o outro dia também, até um
casal chegar ao local. O menino, de cabeça baixa, nem havia visto o rosto dos
adultos ainda, até que um deles abaixou-se em sua frente, lhe estendeu a mão e
disse:
-Você vem conosco?!
Gabriel viu que ele
era o homem, do qual ele havia engraxando o sapato no dia anterior.
- Por que eu? -
questionou ao homem.
- Porque você
tem valores humanos, você é honesto,
humilde e esforçado, e é isso que me interessa.
Assim o
menino ganhou uma família.
E é isso que realmente importa: valores como honestidade, solidariedade
fidelidade, humildade, alteridade e muitos outros. Não importa o que você tem,
e sim suas ações. Pena que poucos da nossa sociedade pensam assim hoje em dia.
Maria Vitória – Aluna do 7º Ano, Turma A - 2018.
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