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terça-feira, 9 de outubro de 2018

O menino órfão


Era véspera de Natal, em uma pequena cidade da Europa. Lá morava um menino chamado Gabriel.  Órfão, mas feliz e com muitos amigos. Naquele Natal, um casal viria ao orfanato adotar uma criança. Então, o menino há meses ia cedinho para   a cidade engraxar sapatos, pois queria comprar uma roupa e assim passar uma boa impressão, e com sorte ser adotado, pois seu maior sonho era ter uma família que lhe desse muito carinho.
Então, como fazia há dias, na véspera do Natal, saiu cedo para a cidade, ficou lá a tarde toda, mas não teve nenhum cliente, até que um homem bem chique parou e pediu que ele engraxasse  seu sapato, e assim o menino fez.
- Você não deveria estar com seus pais? - perguntou o homem.
- Sou órfão, estou trabalhando, pois quero comprar uma roupa para passar uma boa impressão para o casal que vai ao orfanato, com sorte espero ser adotado - disse Gabriel.
O silêncio se espalhou por todo aquele local até o menino terminar. O moço então se levantou e disse sorridente:
- Obrigado! - entregou o dinheiro ao menino. 
Quando Gabriel foi contar o dinheiro, percebeu que o moço lhe deu dinheiro a mais, correu atrás dele e devolveu o dinheiro a ele:
- Obrigado, espero que você seja adotado - disse o homem e foi embora.
O menino alegre e pulante, indo à loja, tropeçou e deixou todas as suas economias caírem no bueiro. Triste, voltou ao orfanato e assim passou o outro dia também, até um casal chegar ao local. O menino, de cabeça baixa, nem havia visto o rosto dos adultos ainda, até que um deles abaixou-se em sua frente, lhe estendeu a mão e disse:
-Você vem conosco?!
Gabriel viu que ele era o homem, do qual ele havia engraxando o sapato no dia anterior.
- Por que eu? - questionou ao homem. 
- Porque você tem  valores humanos, você é honesto, humilde e esforçado, e é isso que me interessa.
 Assim o menino ganhou uma família.
            E é isso que realmente importa: valores como honestidade, solidariedade fidelidade, humildade, alteridade e muitos outros. Não importa o que você tem, e sim suas ações. Pena que poucos da nossa sociedade pensam assim hoje em dia.

Maria Vitória – Aluna do 7º Ano, Turma A - 2018.

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