O Dia Nacional da Consciência Negra é
celebrado, no Brasil, em 20 de novembro. Foi criado em 2003 como efeméride
incluída no calendário escolar — até ser oficialmente instituído em âmbito
nacional mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011.
A
ocasião é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade
brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de
Zumbi dos Palmares, em 1695.
História
do homem que renasce sem parar
Há
trezentos anos nasceu na aldeia de Palmares um menino. Palmares fica em
Alagoas, mais ou menos a uma hora de ônibus de Maceió. Todo o tempo você viaja
entre canaviais.
Foi um tempo de guerras entre senhores e escravos. Elas
duraram mais de cem anos. Praticamente o Brasil inteiro estava em guerra, pois
em toda a parte havia escravos lutando por sua liberdade. A escravidão no
Brasil durou mais de três séculos.
Ao nascer, o menino foi
capturado por um capitão inimigo. O capitão o deu de presente a outro capitão
que o entregou a um padre. O que fez o padre? Cuidou do menino como se fosse
filho. Fez dele coroinha da igreja. E lhe ensinou Matemática, Português e
Histórias da Bíblia.
O menino com quinze anos era negro, magro e ágil. Falava
com qualquer pessoa olhando nos olhos. Um dia o padre foi acordá-lo. Francisco
tinha fugido.
Chegando a Palmares,
adotou uma família e um nome africano: Zumbi. Entrou na guerra. Com vinte e três
anos era general do exército palmarino e o mais novo general da História do
Brasil. Ganhou dezenas de batalhas contra o exército pernambucano-português.
Toda vez que os donos de escravos ofereciam paz, ele
dizia: Não! Só acabaria a guerra quando acabasse a escravidão!
Houve uma batalha final, no ano de 1694. O exército da
liberdade perdeu. A cidade de Palmares foi destruída. Zumbi escapou e recomeçou
a luta. Só foi morto um ano depois, no dia 20 de novembro de 1695.
20 de novembro é hoje o Dia Nacional da
Consciência Negra.
Passaram-se trezentos anos. Zumbi
renasce, sem cessar, no sorriso de cada brasileiro que estuda, trabalha e luta
pela justiça.
Valeu, Zumbi! (Joel Rufino dos Santos
– Presidente da Fundação Cultural Palmares. – Fonte: Linguagem, criação e interação
– 6ª edição. São Paulo: Saraiva, 2009. Pp137-138.)
Dedicamos a Música "Maria Maria", a cada brasileiro que estuda, trabalha e luta pela justiça.
Para ouvi-la, acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=7Jcc9LOipRg
MARIA MARIA
( Elis Regina)
Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É uma dose mais forte e lenta
De uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
É o som, é a cor, é o suor
É uma dose mais forte e lenta
De uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Lê, lê, ah, lere, lê lê
Ah, lere, lê, lê,
Ah, lere, lere, lere
Uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Lê, lê, ah, lere, lê lê
Ah, lere, lê, lê,
Ah, lere, lere, lere
Uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo uma marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo uma marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida...
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida...
Lê, lê, ah, lere, lê lê
Ah, lere, lê, lê,
Ah, lere, lere, lere ... Veja outras sugestões de atividades alusivas ao dia da Consciência Negra em:
https://www.soescola.com/2017/11/atividades-sobre-dia-da-consciencia-negra.html
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