Lembrando o passado
Estava aqui, deitada no sófa, sem fazer nada,
quando veio a vontade de olhar algumas fotos do meu passado. Fui para o quarto pegar a caixinha onde guardo
as fotos, abro a mesma e começo a olhar
as fotos. De repente deparo com uma que chama muito a minha
atenção. Na foto está eu e minha
namorada. Me lembro desse dia como se
fosse hoje.
Eu, Marlene e Uriah, o namorado dela, estávamos no parque nos
divertindo muito. Depois de tudo sentamos no gramado e fizemos um piquenique,
comemos e ficamos deitados sobre a toalha.
Na hora de irmos embora, recolhemos a toalha e guardamos as
coisas no cesto. Depois pedi para o Uriah tirar uma foto minha e da Marlene juntas.
A foto ficou linda, então eu resolvi revelar.
No dia seguinte ela
me ligou chorando e falando que o Uriah pediu um tempo no relacionamento deles.
Fiquei muito triste e feliz ao mesmo tempo, pois sempre tive uma quedinha por
ela.
Semanas se
passaram, os dois voltaram e eu fiquei muito triste com isso, mas como ela era
minha melhor amiga e eu queria vê-la feliz, tive que me mostrar feliz quando
estava com eles.
Uma noite Marlene
me chamou para irmos a uma balada, pois deveria achar alguém pra mim. Mal sabia
ela que eu já havia encontrado, mas essa pessoa já tinha namorado. Durante a festa fiquei com alguns rapazes, mas
não consegui tirá-la da minha cabeça. Depois da balada eu resolvi ir embora.
Acordei com meu
celular tocando, levantei e fui ver quem estava me ligando, atendi rapidamente
quando vi que era Marlene. Ela falou que viu Uriah com outra ontem e decidiu
terminar com ele. Fiquei feliz com a notícia e tomei a decisão que me
declararia pra ela.
Quando cheguei em
sua casa, fui conversar com ela. Depois de algumas conversas decidi me
declarar. Quando me declarei ela ficou confusa e pediu um tempo pra processar
as informações.
Depois de uns dois
meses ela me ligou falando que queria me encontrar. Marcamos de nos ver no
parque. Quando cheguei lá, ela veio correndo me abraçar, sentamo-nos no gramado
e começamos a conversar.
Após algum tempo,
ela decidiu falar sobre nosso relacionamento. Fiquei meio nervosa imaginando
sua resposta. Ela falou que poderíamos nos dar uma chance. O nervosismo passou
e a felicidade tomou conta de mim.
Nem parece que se
passaram dois anos desde aquele momento feliz e ainda estamos juntas.
Lembrar disso me
deixou com um sorriso bobo nos lábios e mal percebi quando Marlene chegou.
– Lynn, cheguei! –
Falou ela e continuou – Onde você está?
– Oi! Vem aqui no meu quarto.
Em pouco tempo ela
entra no quarto.
– Sabe – diz
fazendo uma pausa – acho que já está na hora de irmos para o próximo passo.
– Próximo passo? –
pergunto confusa.
– Sim, o nosso
casamento.
– Isso é serio? –
pergunto ainda boba.
– Sim, nós vamos
nos casar, se você quiser é claro.
– Mas é claro que
eu quero – digo indo abraçá-la.
– Ótimo, pois quero
providenciar as coisas o quanto antes.
Então começamos a
providenciar tudo, pois Marlene quer casar o mais rápido possível e eu também.
(Texto: Maria Luiza; digitação: Larissa
Seguetto– 9º A/2015)
O sonhador
Hoje cheguei mais
cedo ao trabalho. Como fui o primeiro a chegar na empresa, me sentei e fiquei pensando. Lembrei
de um dia muito chuvoso, quando insatisfeito com meu trabalho, comecei a
procurar novos empregos, mas com meu
histórico escolar ruim, não poderia achar um serviço do meu gosto, e nervoso depois de um
dia de muita frustação fui para casa.
Então, no outro dia
fui a uma lojinha de remédios indígenas para achar alguma coisa que melhorasse
meu humor. Após ter comprado alguns comprimidos, fui para mais um péssimo dia
de trabalho. Depois do trabalho, quando cheguei em casa, analisei a bula do
remédio que dizia para tomar uma pílula e ir dormir. Preparei o chá, tomei e logo fui para a cama.
Em seguida comecei a entrar num tipo de
transe, onde nada mais fazia sentido, um mundo surreal onde eu olhava para os
lados e via apenas meu chefe pisando em mim, como se eu fosse uma formiga sendo
esmagada. Fui para uma guerra onde facilmente morri e apareci em uma floresta
sombria, cheia de olhos vermelhos atrás dos galhos das arvores. Tentei correr, fui abatido, e num piscar de olhos apareci em
uma montanha muito alta e fria, mas a paisagem daquele lugar era magnifico, com
rios, animais e lá embaixo um abismo escuro com um pontinho de luz.
Enquanto estava em
meu sonho, não me lembro se estava
dormindo ou se era meu dia difícil, meu
corpo estava agonizando e suando muito na cama. E antes que em meu sonho eu
pudesse chegar à luz, tive uma parada cardíaca e acabei morrendo. Depois de
dois dias lembraram de me procurar, e quando me acharam morto, fizeram um
velório digno, onde se encontravam grandes amigos de trabalho e os rapazes do
cemitério que iriam enterrar o meu caixão.
De repente me dei
conta de que hoje, aqui vivo, só na memória de alguns.
(Texto: Brayhan; digitação: Larissa
Seguetto – 9º A/2015)
Nada além de um sonho
Hoje cheguei mais cedo em casa, depois de um dia produtivo na empresa. Liguei
a TV e vendo uma partida de futebol, lembrei de uma vez que estava em casa
tranquilo, por volta da uma da tarde, quando passou um carro anunciando um
peneirão de futebol, de um time do Rio Grande do Sul, às 3 da tarde. Fiquei todo empolgado, falei
pros meus pais, mas tinha um problema, a inscrição do teste custava 30 reais.
Na hora
desanimei, porque sabia que meus pais não tinham condições para pagar. Então eles,
meus pais, tiraram o dinheiro da comida
pra realizar o meu sonho e me disseram assim: “filho, você vai realizar seu
sonho”. No mesmo momento agradeci a meus
pais e fui para o peneirão.
Depois cheguei em casa com um peso na
consciência, olhando meus pais sem ter o que comer, mas no dia seguinte ligaram
pra eles e disseram que eu tinha sido selecionado. Nisso meus pais me contaram. Fiquei muito
feliz imaginando que eu ia tirar meus pais daquela situação...
Então alguém gritou “gol”. De volta à
realidade, percebo que aquele sonho de
um adolescente não passou disso, um
sonho. O importante é que agora, bem resolvido, tenho outros objetivos. Afinal,
deixar de sonhar é morrer, como diz um pensamento: “O sonho é meu alimento, não
sei viver sem sonhar, pois no sonho realizo coisas que não posso alcançar”.
(Texto: Wesley
; digitação: Larissa Seguetto – 9º
A/2015)
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